Câmara aprova moção para ANTT em que critica a exclusão de Campinas do projeto do trem bala
O Parlamento da RMC, agora presidido por Pepo Lepinsk, aprovou na sexta-feira documento de mesmo teor
Os vereadores aprovaram nesta segunda-feira (6) Moção de Protesto a ser encaminhado à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) – autarquia federal que regula o setor — pela anuência dada à exclusão da região de Campinas do novo projeto de implantação da linha do trem bala que ligará São Paulo ao Rio de Janeiro. No traçado original, proposto em 2014, Campinas seria contemplada com uma estação de embarque e desembarque de passageiros, o que representaria, segundo os especialistas, formidável indutor para o desenvolvimento econômico da região. “A interligação em poucas horas dos três principais aeroportos internacionais do País – Viracopos, Cumbica e Galeão – e dos dois estados com maior pujança industrial, tecnológica e financeira certamente teria impacto no crescimento do Estado e do País, pois atrairia muitos bilhões em investimentos diretos das grandes empresas nacionais e estrangeiras”, afirmou o presidente da Câmara Pepo Lepinsk, coautor da moção de protesto ao lado do vereador Othniel Harfuch.
“Por tudo isso é inadmissível que a Região Metropolitana de Campinas, a segunda mais rica do Estado mais rico da federação, fique de fora do projeto do trem de alta velocidade”, ressaltou Harfuch em pronunciamento durante a sessão plenária.
Eleito na sexta-feira para também presidir o Parlamento da RMC – entidade que congrega o esforço comum dos legislativos dos 20 municípios que compõem a região metropolitana de Campinas, Pepo Lepinsk observou que a entidade aprovou na mesma reunião da eleição de sua nova diretoria o encaminhamento à ANTT de uma moção de apelo com teor semelhante e mesmo propósito. “No documento de iniciativa do ex-presidente do Parlamento, Afonso Lopes da Silva, e endossado pelos presidentes das Câmaras das cidades da região, é lembrado que diariamente milhares de pessoas se locomovem de Campinas e região até a cidade de São Paulo, seja para trabalho, estudo ou lazer, e que uma parte significativa deles também estende a viagem para o Rio de Janeiro. Ou seja, uma fatia expressiva de mercado será abandonada caso não seja revisto o traçado do TAV (Transporte de Alta Velocidade)”, reforçou Pepo.